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Das Alucinações da Manhã

Das Alucinações da manhã. Dos delírios. Lugar real em lugar algum. Outono febril e suas reservas. Lá fora uma multidão de ausentes. Silêncio. No canteiro de cunhas, cravado no chão do concreto, uma flor de asfalto. Quase jardim. Observo-a, logo existe! Sólida solidão da natureza. Na esquizofrenia da janela um passarinho se agita no vidro. Liberta-te! Liberdade ainda que tardia. Percepções de um voo de estímulos. Das rupturas: o louco! Ele grita no meu silêncio mágico. Dono de si abraça o real e o lugar de calmaria. Ele me “ocupa” observá-lo e “ocupa” o todo da rua deserta. Ele cidade desocupada. Liberdade? E nós: estado febril, paranoia de cunhas e miragens. Estampas das alucinações da hora.