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Na Linha do Cerol / Fernando Py

João Scortecci faz uma poesia arriscada.

Não são comuns os livros de recordações pessoais em verso, mas, neste caso, o autor soube realizar-se como poeta sem apelar para o excesso de subjetivismo, sendo basicamente racional, nem para o sentimental inútil.

O conjunto mostra que o poeta recria a infância com propriedade, selecionando momentos da meninice na terra natal (Fortaleza); o coloquial é enxuto e o texto, quase sempre no indicativo presente, confere uma dimensão apropriada ao que é descrito.

É uma leitura que vale a pena.

Fernando Py
18 de abril de 2008