Parabéns pela beleza poética de Na Linha do Cerol.
Seus versos carregam a gravidez da terra e da gente em cada passagem lida. A infância prenhe de alegria e de fascínios nos remete ao infinito universo da ternura e da solidariedade. Você é terno, saudosista, sensível e altamente poético sem ser piegas. Aventurar-se nos meandros da memória é um risco, pois, das pequeninas lembranças que amontoamos em nossa mente, poucas são (d)escritas com a verdadeira face das vivências. Em seu livro, percorremos o perigo da travessia que sinaliza para uma vida mais harmônica e fraterna. O vidro amassado/colado à linha — voa livre como os nossos sonhos. Todo voo é risco, todo ar é risco... toda linha é caminho, todo cerol nos acompanha como espinhos de uma aventura que tentamos vencer.
Leontino Filho