O livro nos chama - alguns até pelo nome - sussurram “feitiço” e nos carregam pra longe. Não nos devolvem iguais. Ler nos transforma em viajantes do tempo. Algumas letrinhas dizem muito e outras dizem tudo. As que não dizem nada - é o momento - são infinitos que ainda não brotaram e aguardam seus dias de sol. Lá adiante terão sentido. Serão razões em nossas vidas. Não há silêncio no grito do papel deflorado no ato da leitura: abra-me em abracadabras, doe-me em dobraduras! Encantamento. Amuleto muito além do jardim.