Num dia qualquer, Eu poeta / largado no sol da Atlântica, na Copacabana azul / do meu e de todos nós - vasto mundo! / Drummond: qual distância nos ocupa? / O todo infinito da frágil vida, no tempo veloz! Algo assim. / Qual o segredo deste olhar de fim de tarde? / Pergunto, ainda: sépia é a cor da eternidade ou da esperança? / Da ausência, talvez. / Da imprecisão, incerta. / Da prudência, com força da morte... / No banco do mar - do meu e de todos nós - lembranças do espírito, da alma maior, no sol da Atlântica, num dia qualquer, de mim mesmo.
João Scortecci