No dia 1º. de maio comemora-se o aniversário de nascimento do Martiniano, moço das letras, que nasceu no ano de 1829, na cidade de Messejana, hoje região metropolitana de Fortaleza, Ceará. Escritor e político, José de Alencar (José Martiniano de Alencar) morreu jovem, com 48 anos de idade, no dia 12 de dezembro de 1877. Alencar foi ministro da justiça de Pedro II e político importante do segundo reinado. Menino de tudo – isso no final dos anos 1960 – de passagem até a Granja Castelo, casa da Tia Lucinha (Maria Lúcia Rocha Dummar, 1917 – 2013), madrinha do meu pai Luiz Gonzaga, visitei, pela primeira vez, a casa onde nasceu o escritor cearense, hoje memorial – distante 4,2 km da granja. A casa do escritor era simples e pequena. Pintada de branco, sem forro, com portas e janelas pintadas de azul escuro. Na entrada, uma pequena estante de livros, encadernados, com suas obras. Procurei “Iracema” e também “A pata da gazela”. Estavam lá. Sensação “estranha” quando encontramos numa biblioteca qualquer, algo já lido. Mistura de prazer e puro egoísmo. Mais uma mania de escritor. Na época da visita, sob a guarda dos meus pais, nada sobre a exuense Bárbara Pereira de Alencar (1760 – 1832), avó de José de Alencar, revolucionária e heroína da Revolução Pernambucana e da Confederação do Equador. Bárbara foi presa, torturada e morta. É considerada a primeira prisioneira política da história do desconhecido Brasil. E mais: nunca tinha ouvido falar de Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Exu, cidade onde nasceu Bárbara, município do estado de Pernambuco, na Serra do Araripe, na divisa entre os estados de Pernambuco e Ceará. Sobre José de Alencar, em sua homenagem e aos escritores brasileiros, no dia 1º. de maio, celebra-se o dia da literatura nacional e seus autores. No mês de maio, três datas no calendário literário: dia 1º., Dia da Literatura Brasileira; dia 5, Dia Mundial da Língua Portuguesa e da Cultura Lusófona; e dia 21, Dia da Língua Nacional. João Scortecci
