Não conhecia (nem nunca ouvido falar) sobre o filósofo inglês Simon Critchley. Hoje, lendo a coluna do filósofo Luiz Felipe Pondé (A moral é uma ficção, FOLHA, B-11) o conheci ao afirmar que a filosofia é filha do desencanto e não do espanto! Fiquei curioso e fui buscá-lo na web. 60 anos de idade, torcedor do Liverpool (sua paixão dominante) e de uma família inglesa da classe trabalhadora. Critchley argumenta que a filosofia começa na decepção: decepção religiosa e política. A decepção religiosa surge da falta de fé. Sentido da vida diante do niilismo (ponto de vista que considera que as crenças e os valores tradicionais são infundados e que não há qualquer sentido ou utilidade na existência). Já a decepção política vem do mundo violento em que vivemos e levanta a questão da justiça em um mundo violentamente injusto. Isso explica - justifica? - o texto de hoje do filósofo Luiz Felipe Pondé em afirmar que “a moral é uma ficção.” Pensei, pensei e sem alimentar a polêmica (apenas dando corda) sobre a premissa (ponto de que se parte para armar um raciocínio), eu discordo. A moral não é uma ficção! Dizer que “aqueles que afirmam não estar à venda são sempre os mais baratos” é - quase - uma barganha. Aqui cabe um ditado - impopular e simplório - que aprendi num livrinho sobre ética e corrupção dos anos 90: “O problema do corrupto é que ele acha que todo mundo é corrupto.” Ainda sobre o artigo do filósofo Luiz Felipe: oportuno, inteligente e do jeito que ele gosta: polêmico! Que venha o Liverpool!
25.01.2021
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