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CARNIÇA DE CORVO NO DIA 19 DE JANEIRO ANIVERSÁRIO DO POETA POE

Tragédia de Uru. Ziquizira do azar. Inhaca. Urucubaca. Y-re-bur! O que aconteceu? Nada, ainda. Hoje a aula foi sobre: u-ru-bus — aves que se alimentam da carcaça de animais mortos. Abutres? Sim. Dos grandes! Urubu-de-cabeça-preta. Black-tie! Existe isso? Talvez. Depois da aula fiquei afiado por uma carniça de corvo na brasa. Topa? Costela no bafo, com farinha e mel de jati. Estou desassossegado de fome! Depressão de Uru? Não. Inhaca de lombriga – ascaris lumbricoides — no cio. Y-re-bur por uma costelaria. Sim ou não? Talvez. Azarar o umbigo! Azarar? Isso. Azarar, esfregar palha na boca do fogo. Formicar. Você bebeu? Vamos gular a gula! Fazer a corte por urucubaca. Doideira! E o corvo? Já encomendado. Espera que vai chegar. Não demora. Festa? Sim. Aniversário do poeta Edgar Allan Poe. Hoje? Sim. Que ziquizira! Carniça de corvo? Crocante! Trouxe o carvão? Sim. Farinha? Sim. E o mel de jati? Também. Tudo irado. Você já comeu urubu-poeta? Talvez. Isso vai dar ziquizira de Uru. E se o vate não aparecer? Ele vem. Fique em paz. E se ele pisar nas penas? Juro que nunca mais! Escuridão. E nada mais.

19.01.2022