Conheci o jornalista e escritor Wanderley Midei (Francisco Wanderley Midei, 1943 - 2022) nos anos 1990. Publiquei pela Scortecci Editora, 3 livros de sua autoria: “Folhas Corridas”, “Vendo a Vida” e “Avenida Central”. Era um sujeito inteligente, simples, bem humorado e um grande contador de “causos”. Trabalhou no O Estado de S. Paulo, no SBT, na Imprensa Oficial do Estado, Folha de S. Paulo e na extinta TV Manchete. Na época da publicação do seu livro “Folhas Corridas” (Poesias, 1991), era o responsável pela comunicação social do “Clube São Paulo” (1960 – 2008), localizado na Av. Higienópolis, nº 18 – no encontro das ruas Dona Veridiana, Maria Antônia, Major Sertório, Itambé e Av. Higienópolis, no antigo palacete e residência de D. Veridiana (Veridiana Valéria da Silva Prado, 1825 - 1910), filha de Antônio da Silva Prado, o Barão de Iguape, inaugurado em 1884, num terreno de mais de 3 mil metros. Hoje, no local, funciona a sede do Iate Clube de Santos. Visitei o palacete no ano de 1973, alcunhado “Clube do Leão”, quando estudante do Mackenzie (1972 – 1982). Diziam que lá, em algum lugar do latifúndio, morava um leão. Folclore, para muitos. Foi o jornalista Wanderley Midei – no meio de um papo sobre o “Clube São Paulo”, fundado pelo banqueiro Gastão Vidigal, também conhecido como "clube dos banqueiros" devido ao fato de ter em seu quadro associativo - praticamente - todos os banqueiros da época - que, confirmou a veracidade da história do Leão. “Um velho leão!” Disse. Hoje, na volta do pedal, passei em frente e resolvi parar para fotos. Tempo para beber água, esfriar os músculos das pernas, lembrar-me dos “causos” do poeta Wanderley Midei, dos 10 anos de Mackenzie e do velho Leão, que, infelizmente, não o conheci.
João Scortecci
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