“ Desígnio” é uma palavra bonita. Seu significado: mais ainda! Significa: intenção de fazer algo nobre, importante, marcante e inesquecível. Intuito do desígnio! É o máximo. Fim que se tem em vista, no olhar. No faz de contas: sujeito de bem com a vida, inteligente, lúcido, capaz, seguro de si e bem intencionado com uma missão impar, nobre, de grande impacto social e cultural, iluminado e escolhido por deus. Tudo doideira. Hoje a noite foi assim: acordei com “intuito do desígnio” no corpo e no coração do poeta. Febre? Talvez. Coceira na cabeça? Não. Vontade de lamber o chão? Também não. Já sei: paranoia? Quase. Intuito do desígnio do delirante depressivo. Existe isso? Incerto. Coisa de paralelepípedo no pescoço, caco de vidro no pé descalço, tapa no ouvido da loucura. Conselho de vovó: Toma um chá e dorme. Quem disse isso? O outro do eu mesmo. Tolo. Então troa de vez. Troa poesia, troa alma, troa. Na dúvida: clama, brada, grita. E depois: silêncios.
João Scortecci
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