Não existe o sono. Ainda. Uma hora ele chega e me pega, de vez. Nossa existência - de chegada e partida - vive de brevidades. Ele chega e eu me dou, simples assim. Inteiro. Perdido e entregue às totalidades do corpo. Exausto. Imagino o depois: passagem do bastão, entrega de responsabilidades, troca de guarda. Pela boca de um funil de luz - eu viajo. Corpo e alma voam. Energia pura. Muita luz. O Eu etéreo navega, corre, luta, ama e explode. Exausto e ainda por alguma razão de deus: retorno. Até quando? O sono não existe. Ainda. Só o aceito em mim por sedução. Não há fraqueza sem os pecados. Não há brevidade sem a vida. Não há luz sem a escuridão do amor.
João Scortecci
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