Das reservas do olhar. O olhar - ato contínuo - em três instantes únicos: olhar, se olhar e se ver. Primeiro, o olhar para fora. Tempo de descobrir o bem e o mal, de conhecer sóis e luas do universo, explorar águas, cheiros, ventos, ideias, sabores e medos, arriscar desejos e arrepios, desafiar existências, rebelar-se, jogar alianças, encontrar almas e espíritos, compartilhar-se e então, partir. Adiante. Depois, segundo instante contínuo - o se olhar. Espelhos, fotos rasgadas, encontros perdidos e atitudes estranhas. Época das diferenças relativas, das opções incomuns e dos segredos do corpo. Do ventre. Dos filhos. Madurar-se! Olhar-se - inteiro - e partir. Depois, contínuo instante do depois, se ver, finalmente. Olhar para dentro e a si mesmo. Conjurações. Fantasias perdidas, esperanças negadas, injustiças, despedidas e outras partidas, sempre. Até felicidade! Vazio, dor e arrependimentos. Apurar-se! Sobreviver das fraquezas, o que vive recordar, o que acalma, o que salva o coração. Até saudade! Das proposições do olhar: ato contínuo - partido em três - e seus mistérios de morte. Até viver!
João Scortecci
- Início
- Biografia
- Livros
- Críticas Literárias
- Consultoria
- Cursos e Palestras
- scortecci@gmail.com