Não sei a razão! A história é antiga, dos anos 1980. Um empresário japonês, amigo e ex-patrão, fornecedor de equipamentos de impressão, disse-me: No Brasil, filho de empresário começa sua vida profissional trabalhando no marketing! É um erro! Sentenciou. Lá no Japão - dei-me a escutá-lo – o aprendiz começa sempre na expedição, aprendendo a fazer pacotes, embalando as vendas da empresa! Pacotes? Isso mesmo. Pacotes! Com papel nobre, barbante, dobraduras e laço nas pontas! Um embrulho bem feito seduz, encanta e fideliza clientes! Disse. Um diferencial. Clientes gostam de embalagens bem feitas, perfeitas, bonitas. Depois fica um tempo no “jurídico” e outro no “financeiro” da empresa. Depois, por fim: no comercial. O lugar mais importante de uma empresa. O único lugar que filho de empresário não pode trabalhar é no marketing. Repetiu. Por quê? Insisti. Ele não me respondeu. Faleceu no ano de 2010. Essa história tem mais de 40 anos - já disse - e nunca saiu da cabeça.
João Scortecci
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