Os epítetos - qualificação elogiosa ou injuriosa dada a alguém - nascem no céu e também no inferno. Alguns são espinhos, estigmas de flor, cicatrizes! Chagas cruéis e injustas. Carrapatos, que grudam na pele e não largam da presa, por nada deste mundo. Exemplos: D. Maria, a Louca; Nicolau, o Sanguinário, Calígula, o Infame. Outros são raízes, árvores, pássaros do céu: Castro Alves, Poeta dos escravos; Rui Barbosa, Águia de Haia; D. Manuel, o Venturoso, Ricardo, Coração de Leão; Pedro II, o Magnânimo; Chacrinha, O Velho Guerreiro; Simon Bolívar, Libertador; Raul Seixas, o Maluco Beleza; Luiz XIV, Rei do Sol; Alexandre, o Grande. Lendo a biografia da baiana Irmã Dulce (Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, 1914 – 1992), tomei ciência do seu belíssimo epíteto: Irmã Dulce, O Anjo bom da Bahia. Irmã Dulce, em 16 de maio de 2023, foi incluída no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, através da lei nº 14 584. O Livro de Aço, criado em 1992, abrigado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, reúne protagonistas da liberdade e da democracia, que dedicaram sua vida ao país em algum momento da história.
João Scortecci
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