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IRMÃO LUIZ GONZAGA E O SINAL DO DESTINO

O tempo é assim: leva e traz! Quando o coração “coça”, a vida responde com o que ela tem de melhor: lembranças dos tempos vividos! Guardo-as nas nuvens! Quando a vida “provoca” vou lá e trago de volta, apenas o que interessa. Simples assim. Segredos? Talvez. A vida ensina, sempre: não adianta carregar - a todo instante - o peso do saco cheio! Aqui confesso: preciso do “vazio”  para compartilhar - quando o coração perguntar - os meus idos e vividos. Assim - tento, inutilmente - gerir os pecados das minhas almas. Hoje o Morgan Moura - amigo escoteiro dos anos 1960, lá no Ceará - arrebentou o meu luto. Morgan postou na sua página no Facebook uma foto de sua turma de classe do eterno e mágico Colégio Cearense. Não sei o ano. Na foto, seu rosto, circulado, identificando-o. Interessante. Surpresa - que leva e traz - foi encontrar na foto, do seu lado esquerdo, de óculos, o meu irmão Luiz Gonzaga, que faleceu em 2022, da Covid-19, aos 72 anos de idade. Que lembrança maravilhosa! Dor e alívio. Fui até às nuvens e lá resgatei - detalhes - das nossas muitas histórias, juntos. Luiz - antes de ficar careca, como eu - tinha na cabeleira, do lado direito, um sinal, uma marca de nascença, um sinal, uma mecha branca de cabelos. O tempo é assim: leva e traz e o coração “coça” com o sangue das suas linhas. Continuo olhando a mecha. Ela e a vida, velozes. Até quando? Não sei. Simples assim.

João Scortecci