Edward Murphy (Edward Aloysius Murphy Jr, 1918 – 1990), foi um engenheiro aeroespacial americano nascido no Panamá que trabalhou em sistemas de segurança-críticas. Conhecido - mundialmente - pela Lei de Murphy, oriunda do resultado de um teste de tolerância à gravidade por seres humanos. Murphy, para poder realizar essa aferição, construiu um equipamento que registrava os batimentos cardíacos e a respiração de humanos de tolerância à gravidade. Ele deveria apresentar os resultados do teste; contudo, visto que o técnico responsável instalou o equipamento de forma errada, os sensores que deveriam registrar tudo, falharam. Teria dito, então: "Se este homem tem algum modo de cometer um erro, ele o fará". Risos. Virou Lei: “Qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível". Lendo sobre Murphy, no livrinho "As 5 Leis mais famosas do Mundo", uma nota de rodapé chamou-me atenção: Assim: “Aquilo que começa do jeito errado provavelmente dará errado”. Atual, né? Anotei. No texto encontrei, ainda, referência sobre a Lei de Clark, ditado popular da cultura ocidental, que "zoa" da Lei: "Murphy era otimista!". Risos. O espírito da Lei de Murphy captura a tendência geral de enfatizar as coisas negativas que acontecem na vida. Eu era menino de tudo, isso no Ceará dos anos 1960, quando escutei, pela primeira vez, a máxima: “O pão cai sempre com a manteiga para baixo”, isso depois que o pão com ovo da minha lancheira do Zorro, caiu no chão. “Pega, pega!” Escutei. Impossível. O ovo frito, gema mole, esfacelou-se do pátio de terra do Colégio Cristo Rei. Se tudo que pode dar errado, dará errado, mesmo sabendo que a chance é de 50%, para cada opção. Pesquisando na Internet, ainda sobre a Lei de Murphy, soube que o físico e matemático britânico Robert Matthews, autor do livro "As leis do acaso", publicou, em 1995, um tratado sobre o assunto intitulado "A Torrada em Queda - A Lei de Murphy e as Constantes Fundamentais". Amparado por complexos cálculos matemáticos e experimentos científicos, Matthews demonstrou que "sim, a torrada tem de fato uma tendência inerente para cair com a manteiga para baixo". Em seus experimentos, ele verificou que, em 9.821 quedas, 6.101 foram com a manteiga para baixo. Por conta desse estudo, Robert Matthews foi agraciado com um Prêmio Nobel. Interessante. Tenho ainda mais 4 Leis para ler, ainda hoje: Lei de Falkland, Lei de Walson, Lei de Gilbert e Lei de Pareto. Depois eu continuo, talvez. Explico: ando desconfiado com as probabilidades e as promessas da vida ao acaso. Murphy era - mesmo - um otimista.
João Scortecci