Ontem, dia 4 de janeiro, fui comer “bolinhos de bacalhau” na festa de
aniversário de 186 anos do poeta Casimiro de Abreu (Casimiro José Marques de
Abreu, 1839 – 1860). Meu saudoso poeta morreu jovem de tudo, com 21 anos de
idade. Tinha, apenas, uma única ocupação: Ser Poeta e nada mais. Dele guardo no
coração de “primaveras” os versos mais lindos do mundo: “Oh! que saudades que
tenho / Da aurora da minha vida, / Da minha infância querida / Que os anos não
trazem mais!” A festinha foi animadíssima. Lá tinha de tudo: até poetas! Outro
dia, em 2014, a amiga e escritora Betty Vidigal, escreveu: “Dia desses Ziraldo
disse que só jovens têm saudade da infância, velhos vivem o presente. Que
Casimiro escreveu isso porque tinha 20 anos... Se tivesse 80, estaria ocupado
vivendo!” Perguntei-me, então: Eu os meus oito anos? Pensei, pensei e lá fiquei
sem respostas. Dormi cedo - com o estômago cheio de versos e bolinhos de
bacalhau - antes da meia noite. Tenho medo de virar abóbora! Coisas de poeta.
João Scortecci
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