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MARKETING DO PESCOÇO

No pescoço pendura-se de tudo: colar, chave, sino, placa, estetoscópio, caneta, bolsinha medicinal, cachecol, gargantilha, terço, isqueiro, aviso, medalha, apito, celular e até melancia. Mil e uma utilidades. Serve para sustentar e movimentar a cabeça, conduzir alimentos, líquidos e ar, transmitir impulsos nervosos e fornecer sangue ao cérebro. Lendo sobre marketing corporal o item “pescoço” está no topo da pirâmide em exposição, e perde, apenas, para as mãos e os pés. Tudo que você “pendura” no pescoço aparece e é visto! Na infância - isso no Ceará dos anos 1960 - dizíamos, sempre: “Pescoço serve para segurar a cabeça e passar o laço da forca!”. Dá época de criança ficou, ainda, o “jogo da forca”, rabiscado nos cadernos da escola. Lembro-me que gostava da brincadeira, sugerindo palavras difíceis, com cê-cedilha, S com som de Z e de grafia complicada. Brincávamos, também, de jogo da velha, caveirinha, peitica e mata-leão. Hoje uso o pescoço apenas para pendurar os óculos de leitura e crachás, de todos os tipos e cores. Guardo os tirantes! Lendo sobre usos do “pescoço” encontrei notas sobre “escapulário”, armadura, símbolo que representa fé e proteção. Escapulário consiste em um cordão, com duas peças, de tecido, metal, madeira ou pedra preciosa, penduradas uma no peito e outra nas costas. Um amuleto! Serve de proteção contra o mal. Detalhes sobre a peça de proteção: Não se compra um escapulário para uso pessoal! Precisa ser presente e não pode ser retirado do pescoço, ao menos que ele se rompa, naturalmente. Isso tudo para dizer que hoje - primeiro dia do ano - acordei com dor no pescoço. Mau jeito? Talvez. Pergunta: Jogo da forca com 11 letras sendo a primeira "E" e a última "O". Escapulário? Eu e os impulsos nervosos de sangue no cérebro, sem ar. Mata-leão, Ippon ou  ano novo? Já disse: Guardo os tirantes, de todos os tipos e cores!


João Scortecci