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O SOL DE CERVANTES

O sol do agora: é manhã incomum. Diferente. Avança janela adentro e risca os assoalhos do chão. Tacos de peroba, árvores de boa sombra, silêncio. Noite de chuvas. Foi assim. Cervantes - o menino dos cataventos – gira com o sol. Aguarda e ponto. O vento não está para moinhos! O calor mira: o alvo da alvorada. Incertos caminhos! A tropa descansa e reza pedindo sorte e caminhos. Pedindo sombras. O coração respira forte, desenha pérolas no ar. Fantasias? Sempre. O colar dorme, ainda, no peito ferido de estrelas. Até quando? Não sei. Chuva imortal, eterna, selvagem. A vida é incomum no reino do faz-de-contas. E sobrevive!

João Scortecci