Das máscaras. Momo é Filho do Sono e da Noite. Um observador! Sempre de olho atento as atitudes dos deuses e dos homens. Adora fazer graça de tudo: com graciosidade! Carrega uma máscara numa mão e uma figura psicodélica na outra e tem o poder mágico de curar os homens dos vícios da tristeza. Missão: divertir a todos! A figura surgiu - pela primeira vez - numa festa de carnaval em Barranquilla, na Colômbia, em 1888. No Brasil, somente em 1933, na cidade do Rio de Janeiro. Jornalistas do periódico "A noite" (Edgard Pilar Drumond, Vasco Lima e Outros) criaram um boneco de papelão, esculpido pelo artista Hipólito Colomb e o batizaram de Rei Momo. O sucesso foi imediato! Em 1934 decidiram, então, transportar o personagem do papel para a vida real. O cronista Moraes Cardoso aceitou o cargo de ser o primeiro rei da folia do carnaval brasileiro. O maestro italiano Sílvio Piergili (1888 - 1962) consultado sobre a indumentária do futuro rei, este, ao saber o físico do escolhido, não teve dúvidas em entregar ao Momo a vestimenta do Duque de Mântua, personagem da ópera de Verdi, Rigoletto. O Jornalista Moraes Cardoso foi o rei Momo pelos 15 anos seguintes, até a sua morte, em 1948. A tradição se manteve e hoje - Rei Momo, durante o período carnavalesco – é o dono das chaves das cidades e o mascarado responsável pela folia e com a obrigação ímpar de curar o vício e a tristeza dos homens.
João Scortecci