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AINDA ESTOU AQUI: COM OS CONECTOMAS LIGADOS! / JOÃO SCORTECCI

Em tempos de redes neurais, AI e Oscar. Assuntos da moda? Sim. Escutei hoje no rádio de um folião travestido de AI, com uma réplica da estatueta do Oscar na mão: “O meu conectoma está em curto!” Conectoma? Mapa detalhado de conexões neurais no cérebro. Descobri que o sistema nervoso de um organismo é formado por neurônios que se comunicam por meio de sinapses, pontos de contato entre neurônios, que permitem a transmissão de informações entre as células. Algo assim. Dormi no sofá esperando o começo da cerimônia do Oscar. Assisti até a parte aonde o povo famoso chega para a festa e tira fotos no tapete vermelho. Fim. Acordei com a gritaria na rua anunciando que o cineasta Walter Salles havia ganhado a estatueta de melhor filme internacional. Emocionante! Sou – eu e o Brasil – apaixonado pela Fernanda Torres. Mulher incrível. Lendo, ainda, sobre redes neurais, conectomas, esquemas de ligação, descobri que a genética, sozinha, não basta para definir as características do cérebro de uma pessoa. Explicação: os genes não gravam as memórias adquiridas ao longo de uma vida, não deixam sua assinatura na molécula de DNA. Se elas estão estocadas e podem ser recuperadas, o segredo disse se esconde no cérebro. Lendo, ainda: não se sabe ao certo onde essas experiências estão abrigadas, mas uma das teorias é que elas estão inscritas na combinação de impulsos eletroquímicos transmitidos de uma célula para outra. Impulsos eletroquímicos são sinais elétricos que se propagam através de células nervosas, os neurônios, e que envolvem aspectos químicos e elétricos. Aqui com os meus conectores: o folião deve ser geneticista, biomédico ou poeta. Algo assim. Esse negócio de mapa de conexões neurais mexeu com o meu DNA. Deu curto! Estou trabalhando numa nova versão sobre Fidelização de clientes em tempos de AI, para uma apresentação na FESPA Digital Printing, que acontece em março de 2025, em São Paulo. Assuntos do momento? Sim. Impulsos eletroquímicos. Memórias de carnaval. Aguardamos, então, 2025 começar. Sempre depois da folia. Ainda estamos aqui. 

João Scortecci