Lendo sobre “influenciadores digitais” lembrei-me do escritor russo Eugene Zamiatin, autor do romance distópico “Nós”. Eugene (Evgéni Ivánovitch Zamiátin, 1884-1937) foi um influenciador literário. E dos bons! Um gênio. Com sua obra “Nós” influenciou a criatividade de escritores da ficção científica como Aldous Huxley (“Admirável Mundo Novo”), George Orwell (“1984”) e Ayn Rand (“Anthem”). Três ícones da ficção! Tenho minha lista “dos escolhidos”, fomentada desde os anos 1970, quando li de tudo. São eles: Isaac Asimov (“Eu, Robô”), Arthur C. Clarke (“2001: uma odisseia no espaço”), Ray Brandbury (“Fahrenheit 451”), Edmund Cooper (“A Humanidade Artificial”) e George Orwell, escritor e jornalista inglês, nascido na Índia Britânica, autor do distópico “Nineteen Eighty-Four” (“1984”), romance escrito em 1949, em que se narra a vida sufocante de indivíduos “aprisionados” num sistema de opressão e autoritarismo pelo líder supremo do Partido, intitulado de “Grande Irmão”, pela vigilância tecnológica da “teletela”, uma espécie de TV que espia os cidadãos, devassando a privacidade de todos, alegando tratar-se de uma questão de segurança. Algo assim. Quase oito décadas depois o que temos: a ficção virou realidade! O “Grande Irmão” nos vigia, nos assola e nos escraviza. Voltando aos “influenciadores digitais” observo por eles do uso de uma “novilíngua” ou uma “novafala”, como a usada pelo “Grande Irmão” no distópico “1984”, de Orwell. Coincidência? Talvez. Depois que reli a obra “1984" passei, então, a chamar o “monitor” do meu PC - dispositivo físico que observa, supervisiona, controla ou verifica operações de um sistema eletrônico - de “teletela”. Nos vigiamos, dia e noite. Rod Serling (1924-1975) - roteirista norte-americano, criador da série “The Twilight Zone” – escreveu sobre fantasia e ficção científica: “Fantasia é o impossível tornado provável. Ficção científica é o improvável tornado possível.” George Orwell, o visionário - nascido Eric Arthur Blair, (1903-1950) - morreu jovem, em Londres, de tuberculose, em 21 de janeiro de 1950, aos 46 anos de idade.