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PANIC BUYING: DA ÉPOCA DA COVID 19

Das manadas. É o chamado "panic buying" ou - ao pé da letra - compras motivadas pelo pânico, algo assim. Confesso: a panic buying do papel higiênico é coisa de doido e virou febre. É o assunto. Tenho um primo queridíssimo que sofre do “troço”. Sempre que entra em um supermercado compra um fardo de papel higiênico, precisando ou não. Fez isso na minha presença algumas vezes. Perguntei-lhe, então: Anda faltando papel higiênico na praça? Não. Respondeu-me. Mania mesmo. Tenho essa mania desde quando me entendo por gente. Declarou-se. Compreendo, respondi. Pergunta: E o que você faz com os rolos de papel higiênico? Eu os guardo no depósito. Essa história aconteceu em 2015, em Fortaleza, quando ainda não existia a pandemia da Covid 19 e o mundo parecia leve. Hoje, no pior da pandemia, isolado e pensando no que fazer da vida, fiquei sabendo das “manadas” por papel higiênico. Qual a razão? Quis saber. Nada. Foi quando lembrei-me da história maluca do meu primo. Aqui com os meus intestinos: ligo ou não para o meu primo? Melhor não. O que faço? Na dúvida comprei um fardo de 60 rolos. Continuo pensando no meu primo. Tenho certeza que ele vai ler esse post e me ligar "emputecido" da vida. Fazer o quê? Papel higiênico aceita tudo. 

João Scortecci